quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

(24) No soup

Como o Mês da Renata foi cancelado, não tem surpresa amanhã.
A lição que devemos tirar disso é: quem não tem blog não ganha presente.

What if...

... Michel was a videogame character?


And what about Gui Neves?

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

(23) Conhecimento profundo

Mais uma vez, a Wikipedia confirma-se como fonte número um de conhecimento improvável. Partindo do artigo sobre o filme Cannibal Holocaust repassado pelo Hique, pulei para The 25 Most Controversial Movies Ever (lista publicada pela Entertainment Weekly). Após ler sobre as picuinhas entre Burgess e Kubrick (autores, respectivamente, do original literário Laranja Mecânica e da adaptação para o cinema), cheguei a um curioso parágrafo acerca de Deep Throat (Garganta Profunda), reproduzido abaixo em tradução livre e desimpedida:

"O filme foi produzido por Louis 'Carniceirinho' Peraino (creditado como 'Lou Perry'), e a maior parte do custo de produção de U$22.500 veio de seu pai Anthony Peraino e seu tio Joe 'Baleax' Peraino, ambos membros da Mafia*, mais especificamente da família criminosa Colombo. [Gerard] Damiano [diretor do filme], que tinha direito a um terço dos ganhos, recebeu um pagamento de U$25.000 e foi afastado pelos Peraino assim que o sucesso do filme tornou-se aparente. A Mafia então pressionaria os donos de cinemas, geralmente exigindo 50% de todos os lucros e enviando espiões e 'fiscais' para verificar a quantidade de ingressos vendidos contando os membros da audiência.

As estimativas acerca da renda total variam muito. Uma fonte do FBI sugere U$100 milhões, mas valores tão altos quanto U$600 milhões já foram mencionados, o que faria deste o filme mais rentável de todos os tempos. [...] [Roger] Ebert esclarece que na década de 1970, quando Garganta Profunda foi feito e lançado, a maioria dos cinemas pornô era de propriedade da gentalha**, que provavelmente 'superfaturava os registros de bilheteria como forma de lavagem de dinheiro provindo de drogas e prostituição', então, na verdade, Garganta Profunda nunca gerou realmente um lucro de U$600 milhões, mesmo que esse fosse o total da conta das bilheterias."

* Conforme resolução de 4 de Fevereiro de 2007, este é um post sobre a Renata.
** Por preguiça de achar palavra melhor, fica aqui um termo clássico da infância.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

(22) What if...

... Renata was a videogame character?


And what about Hique?

sábado, 24 de fevereiro de 2007

(21) Funeral (Arcade Fire, 2004)

Deve ser a quarta vez que ouço esse álbum e ainda não captei a moral. Não causou aversão alguma, mas também não despertou grande interesse. Creio que ele pertença àquele limbo pessoal onde são jogadas as coisas que "não faço questão de ouvir, mas pode deixar se já estiver tocando".

Para ser totalmente honesto, Neighborhood #2 (Laika) conta com um instrumento nostálgico legal, mas é isso; todo o resto passa sem deixar marcas no coração.

E isso é aproximadamente tudo o que eu tenho a escrever sobre Funeral. Como sobrou bastante tempo, eu fiz um desenho:

Arcade Fire (Michel, 2007, PAINT)

É uma máquina de arcade. On fire. I'm a genius.

(Hahaha.... só agora me dei conta: percebam como há dois buracos para fichas, mas só um controle. I'm a real genius. Anyway, isso é um problema para o departamento de marketing; eles vão saber o que fazer.)

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

(20) Renata vs TROGDOR!!!

Renata swording Trogdor (2007, Paint, autor desconhecido)

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Top 5: Strong Bad e-mails

"Check out all his majesty!" (Strong Bad)

#5 - Geddup noise
Eu boiei de forma brutal, mas a Internet é um oceano de bobagens onde não há vergonha em boiar.

#4 - Redesign
Fangs! O sexto elemento do design!

#3 - Video games
Bônus: quatro aventuras emocionantes após o final do episódio. Não consegui fazer muito no Thy Dungeonman além de die e dance ("Thou shaketh it a little, and if feeleth all right").

#2 - Death metal
"The gift of death metal does not smile on the good looking."

#1 - TRODGOR!!!
O único, o majestoso! The Burninator! Tão clássico que é até desnecessário listar. De fato, chega a ser ofensivo listar.

Menções honrosas:
Techno
New hands
Technology

(19) Semi-repúdio

Fiquei triste por terminar a celebração antes do tempo, então acho que vou escrever mais alguns posts mais ou menos sobre a Renata.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

(18) Recall

Senhoras, senhores; em repúdio à declaração de greve permanente, o Mês da Renata foi cancelado.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

(17) 1000 palavras +1

Florianópolis (CEV) - Uma equipe de 37 comunicadores e expressores visuais, utilizando avançados métodos tecnológicos de restauração (os mesmos aplicados na colorização dos seriados ancestrais do Zorro), divulgou neste sábado a reconstituição da já famosa aparição pública da Renata.

"A parte mais difícil foi entender esse negócio dela estar flutuando", confessou o chefe da equipe, Milton Horn. "Aí a gente resolveu colocar um céu e uma nuvenzinha para ficar bonito", completa.

Os estudiosos não têm a menor idéia do que fazer com a imagem agora.

(Não tem nada para você ler aqui embaixo.)

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

(16) Retrato falado

Embora não tenha sido comprovada a legitimidade de nenhuma das supostas fotos da Renata, sua fisionomia já não é de todo um mistério. Tudo graças às descrições de diversos membros da SSSS (Sociedade Secreta dos Stalkers Sapecas), que tornaram possível a elaboração do seguinte retrato falado, largamente divulgado na imprensa:

Não ficou claro o porquê da retratada estar aparentemente suspensa no ar. É possível que se trate de um super-poder e que Renata possa, de fato, voar. Alguns especialistas no assunto, porém, defendem a hipótese de que todas as testemunhas estivessem drogadas no momento da aparição.

(Não há nada de estranho com o horário de postagem nem motivo para suspeitar de qualquer trapaça.)

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

(15) (Querida Renata:)

(Hoje não tem post porque estou com sono e não consigo escrever com sono porque estou com sono. Ou fazer sentido.)

(Amanhã tem post. Acho. Talvez ele seja especial. Talvez não. Provavelmente não. Mas tem.)

(Beijodesliga.)

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

(14) Bongo Fury (Frank Zappa, 1975)

Ao tentar encontrar coisas parecidas com Jethro Tull, eis que Pandora me mostra Frank Zappa; esse foi o segundo sinal de que deveria ouvir Bongo Fury. O primeiro foi ter perguntado à Renata qual álbum do gajo eu deveria procurar e receber este como resposta. Não é uma incrível coincidência? (Não, não é; a música que tocou na Pandora era de algum outro álbum.)

Confesso que tive medo de ser uma coisa estranha que a Isabel ouve. E mais medo ainda já na metade da primeira faixa. Mas não é que o negócio funciona? Não é um "ao vivo" como fui levado a crer depois de algumas resenhas, com todas as coisas comuns que me fazem não gostar de álbuns ao vivo. Está mais para uma encenação musical insana de piadas internas ininterruptas – tanto que clássicos como "White Dog" e "Ven/tu/ruim" poderiam ser facilmente lançados no meio sem destoarem do conjunto. Parte vital da insanidade parece ser o Capitão Beefheart Maringá-like-or-so-it-seems, que gosto de imaginar como um sobrinho fanfarrão do Lemmy. Ou seja: meu receio inicial era claramente infundado, não há nada de estranho em Bongo Fury.

Como é bastante comum no meu jeito de gostar das coisas, as favoritas acabam sendo as mais feijão-com-arroz, como Poofter's Froth Wyoming Plans Ahead, Advance Romance e Muffin Man. Linda letra tem esta última, aliás:

"The muffin man is seated at the table in the laboratory of the utility muffin research kitchen [...]
He turns to us and speaks:
Some people like cupcakes better. I for one care less for them!
[...]

Girl you thought he was a man
But he was a muffin*
He hung around till you found
That he didnt know nuthin"


É divertido ouvir um álbum em que você precisa prestar atenção aos detalhes e à letra em vez de apenas deixar tocando ao fundo (o último que lembro de ter acompanhado assim foi Be). Mais ainda quando é o tipo de coisa que você gostaria de gravar.

* I mean, maybe he was a dragonman?

Ciclo

(Aaah! O mundo parece pesado de novo. Logo agora que o trabalho está acalmando, as amizades voltaram a ser fáceis e a lista de paparicados está um sobrinho maior. Achei que finalmente haveria paz de espírito, mesmo que por puro esgotamento; que poderia voltar a ser eu, ou me conformar de que nunca mais seria. Mas o mundo pesou e os músculos retesaram de novo. Backstab mental total.)

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

(13) Serei Nata

No começo, eu era contra. Imagina, cansada de blog! Mas percebi que era egoísmo nosso: se a Renata está de greve, é porque precisa de greve. É muita pressão, vocês vêem? Assédio, expectativas, cobranças; uma hora a coisa acabaria desandando. Melhor mesmo parar enquanto ainda está no topo – desde que volte! Greve não pode ser para sempre.

Vamos ser compreensivos e dar à Renata o espaço que ela precisa, para fazer o que quer fazer, descomprimir, aproveitar o dia, enfim: ter a liberdade de ser Renata.

(Oi? Não não, sai daí, moleque! Ela não quer serenata! Hmm... ou quer? Quais são as reivindicações dessa greve?)

Baseado no trocadilho tradicional xulaco "Ser cretária", de autoria do vento, © 200? CEVen Riders Corp.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

(12) So-BRIII-nho!

Hoje o post da Renata não é sobre a Renata, mas ela vai entender porque eu deixei de escrever para ver meu sobrinho*. Principalmente quando souber que o Mathew tem o incrível superpoder de fazer a maior seqüência de caretas diferentes por minuto. O guri é fantástico, ator nato: vai de uma emoção à outra em segundos. Pude presenciar uma apresentação em que ele fez (1) cara de gente-que-tem-barato-em-olhar-para-a-lâmpada, (2) cara de preguiça extrema, (3) olhar enfadado/blasé, (4) expressão de fúria quase incontida, (5) indignação manhosa e (6) sorriso "peguei você". Minha irmã diz que ele faz isso o tempo todo – exceto quando está dormindo, coisa que faz o tempo todo.

Resumindo: a Renata tem sobrinhos, eu também tenho sobrinhos. Fim.

* Demora bastante meu processo de escrever-ler-corrigir-reler-enfurecer-apagartudo-escreverqualqueroutracoisanolugar, então precisei escolher isso ou sobrinho.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

(11) Deus Ex Parrot

Monty Python é uma das coisas que valem a pena no mundo – hoje eu sei disso. Mas nem sempre foi assim. Quer dizer: Monty Python sempre foi bom, eu é que não sabia, e fiquei sabendo por influência da Renata.

[Este é o momento em que o Hique se sente injustiçado por sempre ter dito que Monty Python era bom e receber como resposta apenas um "Aham" desisteressado.]

"Se a Tuja, the coolest, acha legal", pensei, "é porque deve ser muito legal." Sério, ela virou meu modelo moral para 99% das escolhas envolvendo entretenimento. (1% = MALHAÇÃO.) O primeiro sketch que assisti foi "Ministry of Silly Walks", recomendado pela V.; mas foi a Renata quem lançou a semente que me levou a clicar no link.

"The Dead Parrot" é o meu favorito (humilde opinião de iniciante).

Owner: "There, he moved!"
Mr. Praline: "No, he didn't! That was you pushing the cage!"
Owner: "I did not!"

[Se não me engano, foi repassado pelo Hique. Pronto, pode parar de se sentir injustiçado.]

sábado, 10 de fevereiro de 2007

(10) Dança da vitória

Hoje fiquei muito orgulhoso de mim mesmo.

Tudo começou quando fiz algo idiota e meu PC me puniu, ficando de mal e não iniciando mais. (Essa parte não me deixou tão orgulhoso.) Isso foi ontem à noite e, como sempre acontece quando não consigo resolver algum problema, acordei algumas vezes com uma "idéia brilhante" que não é tão brilhante assim quando se está acordado. (Essas idéias costumam ser baseadas em "ter muito dinheiro para comprar x", o que sempre é facilmente resolvido quando se está sonhando.) Fora a pressão psicológica de não conseguir cumprir a meta de um post por dia. Imagina! Que terríveis conseqüências poderiam advir disso? Porque eu não conseguiria escrever no trabalho. Enfim, já estava praticamente traumatizado: eu tinha falhado com a Renata.

Num lampejo* de inspiração, fiz o que a humanidade tem feito há milênios para resolver todo tipo de problema: tirei a pilha da placa-mãe. Quer dizer, é isso o que a humanidade tem feito, não? História é com a Renata, não comigo. (E nem tirei realmente a pilha, usei um moderno sistema virtual para simular retirada de pilha. Acho.) E tudo deu certo! Meu PC ficou novamente de bom humor e ligou! O Mês da Renata foi salvo! E nem precisei passar vergonha com o técnico novamente por ter feito algo idiota que não sabia consertar! =]

Até comemorei com uma dança da vitória.

Reconstituição da dança da vitória

* "Lampejo"? Que palavra velha.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

(9) Fora de sério

"MALHAÇÃO é tudo, você sabe (sério)." – Renata, 2007

=O

Estou chocado. Tem coisas que não vale a pena saber sobre as pessoas. Estou tão chocado que não conseguirei escrever hoje. (Isso não é desculpa, não é como se eu não soubesse o que escrever e estivesse tentando enrolar. Eu sei totalmente o que escrever sobre a Renata hoje. Só não escrevo porque estou chocado. Sério.)

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

(8) Renata #1 do Universo #2

Descobriram a Renata na rua.

figurante478: "Oi, você é a Renata, né?"

Renata: "Como é?"

figurante478: "A Renata, Renata Garatuja! Nossa, que emoção... nunca achei que veria você ao vivo, sabe? Pra ser sincero, nem sabia se você existia mesmo!"

Renata: "Olha, não estou te entendendo, você deve estar me confundindo com alguém..."

figurante478: "Pára! Eu sei tudo sobre você, não estou confundindo não! Ouvi todas as suas bandas favoritas, sei os nomes dos seus sobrinhos, conheço as suas manias, tudo!"

Renata: "Você é maluco, né? Só pode."

figurante478: "Você deve estar achando que eu sou um stalker né? Hahaha! Mas não sou não. Só fiquei muito muito interessado em você depois que comecei a ler o que escreviam naquela página... como era o nome? Página do Capitão Orange, algo assim, não é?"

Renata (saindo pela esquerda): "Então, foi bom falar com você e tal, mas tenho que ir, viu? Não me siga."

figurante478: "Espera, não vai embora ainda! Como é que eu faço pra te ver de novo?"

Renata: "STALKER, STALKER!!"

figurante478: "Ei, não corre não! Olha, eu paro de te seguir... mas, antes, faz a dancinha da Renata pr'eu ver?"

[Isso aconteceu de verdade, não foi inventado. Tá, foi sim. Mas não por mim! Ok, me pegou de novo; eu inventei. Mas no Universo #2 aconteceu, e já já será realidade no #1.]

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

(7) Renata #2 do Universo #1

Curioso que a Renata tenha falado de covers, pois ia comentar justamente sobre a sósia dela que trabalha na Big Pan. Igual. (Quer dizer, a Nata não sai muito facilmente em fotos: as ocorrências são raras e cheias de especulação. Registros fotográficos confiáveis são disputados a tapas por todos os maiores jornais, embora acabem invariavelmente guardados a sete vírgula cinco chaves nas coleções de milionários excêntricos. Ainda assim, pelo que eu vi, achei igual.)

A menina tem o mesmo jeito, a altura necessária (segundo relatos), cabelo curto meio "estou crescendo de novo" e várias outras características tradicionalmente associadas à Renata mítica. Vez ou outra, ela até pára na pose clássica de alguma das imagens aceitas pelas autoridades como retratos fiéis da Lady das Garapas.

Não sei se ela é profissional o bastante para imitar de modo convincente a famosa dancinha da Renata; se for, merece a honraria de "fã número um" com louvor.

2007.02.08 • 01:09h:
Esqueci de comentar uma coisa. Certa vez, eu estava pagando os pães quando a tia do caixa chamou "Renata", voltada para o balcão lá de trás. "Não pode!", pensei, "Ela não pode se chamar Renata! É o cúmulo da clonagem!" Mas não era ela não, era outra menina.

I'm a hero already!


Assisti ontem Who wants to be a superhero? na Sony. Hahahaha: esse é o reality show MAIS FAKE do mundo! Coisa de fazer você sentir vergonha pelos participantes. O Jim Lee lá, todo gagá, dando "esporro" em heróis que nem faziam muita força para parecerem sérios. Mas até que foi engraçadinho.

A maioria dos personagens nem têm poderes definidos – e os que têm são ridículos, como "habilidade de subir em árvores e fazer ruídos estranhos" ou "ser viciada em celular". Alguns se empolgam demais com o negócio, resultando em cenas como a do Major "correndo-como-uma-gazela-on-Prozac" Victory quase narrando o resgate de uma menininha perdida; ou do Iron Enforcer brincando de urban ninja* com sua arma maior que o braço. Total low-level; ainda bem que não preciso me afirmar levando o Super Micheranja nesse tipo de coisa.

[Porra, fui procurar essas imagens e dei de cara, lógico, com um site dizendo quem foi o vencedor da primeira temporada. Pior que é o resultado mais previsível possível; shame on you, Frank Miller!]

* Coisa boa. Por favor, assistam – Hique, especialmente. Dá mó vontade de comprar uma roupa de ninja.

Mil dois pacotes de bolacha

O Big Boss apareceu todo empolgado na nossa ala da masmorra. Queria fazer uma brincadeira (que provavelmente recebeu por e-mail):

BB: "Michel, é o seguinte: me diz quantas vezes tu querias transar."

Michel: "Mil!"

BB: "CALMA, porra. 'Mil'; pois nem terminei de falar. A gente tem que definir um espaço de tempo... digamos, quantas vezes tu gostarias de transar por semana?"

Michel: "Mil!!!"

BB: "Assim não dá, tu não estás levando a sério!"

Michel (embaraçado por não ter levado a brincadeira a sério): "Ah, desculpe. Usemos uma média hipotética de uma vez por dia, então."

BB: "Certo, cinco vezes por semana; escreve isso num papel."

Michel: "Ei! E nos fins de semana, não acontece nada?"

BB: "TÁ BOM, ESCREVE SETE, então! Mas me deixa fazer a brincadeira."

Michel: "Tá."

BB: "Agora, multiplica por 50, subtrai 106, depois......"

[Tinha uma seqüência de contas para fazer; ele queria que eu anotasse porque certamente ia querer fazer essa brincadeira tããão legal com outras pessoas.]

BB: "Agora, subtrai o ano do teu nascimento."

Michel: "Ahhhwn... Posso usar a calculadora, né?"

BB: "Mas como pode ser tão preguiçoso? Me dá isso aqui! Ó: agora a gente pega o resultado... e... epa, deu alguma coisa errada aqui, peraí. Não, está errado. Peraí que eu já volto."

Michel: "Então eu vou adiantando esse trabalho que estava fazendo antes do senhor chegar."

BB: "Não, PERAÍ; peraí que eu já volto."

BB (após passar alguns minutos concentrado, rabiscando em um papel na sala dele): "Ó, é assim, vai lá: vamos fazer desde o começo."

Michel: "Er... posso usar a calculadora agora?"

BB: "Me dá isso que eu faço! Mas que rapaz preguiçoso tu és, uma continha dessas! Pronto, tá aqui o resultado. Tens 26 anos, né?"

Michel: "27."

BB: "Hmm. Então aqui era 107, e não 106. Agora olha o resultado: 76927. O primeiro dígito é o número de vezes que tu vais transar por semana; os dois últimos são a tua idade. Os dois que sobraram, sabes o que é? A posição sexual que tu vais fazer! Tá vendo? Tá vendo? Legal, né???"

E ficou me olhando todo sorridente, como se essas brincadeiras com números não apenas não fossem chatas, mas fossem a coisa mais divertida e assombrosa do mundo.

Falei que era legalzinha para não perder um amigo.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

(6) Renata e Michel e o hóspede maldito

Contarei uma aventura que Renata e eu tivemos. Não é esse tipo de aventura que estão imaginando! Vocês já vêm pensando bobagem, eita. Enfim, tudo começa com a Internet. Mais especificamente, começa com a Wikipédia. Na real, começa com o Hique; ele digitou alguma coisa a ver comigo na Wikipédia para ver o que saía (o assunto mais próximo encontrado foi "lista de atrizes pornô", mas até aí tudo bem*). Inspirado por isso, digitei "micheranja" no Google para ver no que dava. Entre alguns resultados óbvios, apareceu este:

Madureiras: 05/25

Um tal Golb afirmando que adicionou o antigo As Aventuras... na seção de links porque andou bisbilhotando a CdN e tomou certo interesse, em especial pelas "participações de duas pessoas" [links para o meu perfil e o finado perfil da Renata-Kim-Deal] na conversa sobre o Tio Fester.

[O parágrafo acima tem muitas referências obscuras, então darei um tempo para que vocês possam respirar.]

Vejam: esse Golb é um completo estranho, nunca comentou nada na comunidade. (Não que eu lembre, e lembrar não é mesmo o meu forte.) Ele ficava lá, lendo e vigiando. Seguindo, talvez? Provavelmente. Isso faz dele o quê? (Prepare-se, Renata.) STALKER; clara e totalmente stalker. Uau. Eu nunca desconfiei, mas a Renata sim. (Não que ela não desconfie que todos são stalkers, desconfiar disso é o forte dela.)

Não vou descrever como encontramos, enfrentamos e derrotamos esse vilão – e como desmantelamos toda uma operação secreta de abdução e clonagem de pessoas virtuais – porque essas coisas nunca aconteceram de verdade. Mas, desde então, não consigo entrar no Orkut sem antes clicar em um ou dois links não relacionados para despistar quem possa estar me seguindo.

* Hahaha! Come again?!?

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

(5) O sonho acaba todos os dias

Lembrei da Renata hoje ao ler a manchete de um "jornal"; era um escândalo envolvendo uma celebridade. Mas vejam, não estou dizendo que a Renata é escandalosa! Ela disse que se mantém low profile e as pessoas daqui acreditam; as pessoas daí confirmam? Enfim: era um escândalo envolvendo uma celebridade, resumido pela chamada

John Lennon da Palhoça morto com cinco tiros

Gosto muito de notícias de tablóides fuleiros, e essa foi tão disparatada que ultrapassou o limiar da minha curiosidade; nem tentei começar a imaginar todas as variáveis por trás disso. "Imagina, John Lennon..." – não, nem isso, nem tentei começar. O que mais gosto e acho o grande charme desse jornalismo é a linguagem "popular", sempre presente. Gurizão da Serrinha leva balaço na cara, por exemplo, é uma sentença perfeitamente aceitável. A única coisa inaceitável é o vernacular: várias vezes já vi manchetes que continham um muié só para não ficarem certinhas demais. (Quem fala "muié", afinal?)

Mas "John Lennon da Palhoça"... não! Eu prometi a mim mesmo que não tentaria entender isso.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

(4) Batata da sorte

Notei uma coisa estranha essa semana, no trajeto trabalho-Angeloni. Duplamente estranha porque nunca havia reparado antes, mesmo passando há mais de um ano pelo mesmo lugar, e não há como dizer que não esteve lá esse tempo todo. Lógico que esteve; a uns 30 metros da gráfica, uma lotérica pequenininha, nome pintado direto na parede ao lado da porta: "Lotérica Bla-blá" (não lembro o nome, um desses comuns de lotérica; "Birosca de Ouro", "Buraco da Sorte", algo assim). Até aí tudo bem, várias coisas são pequenininhas e obscuras naquelas bandas. Estranho foi ler, pintados do outro lado da porta, em letras bem maiores do que o próprio nome do lugar, os dizeres "BATATA PALHA".

"Não pode", pensei. O que tem a ver batata palha com lotérica? Estiquei o olho lá para dentro e vi um balcão na esquerda, pilotado por um sujeito perpetuamente entediado e perpetuamente encarando prateleiras povoadas por sacos de batata palha à sua frente. Só isso: balcão, sujeito entediado que registra as apostas e batata. Não é como se vendesse balas, cigarros e outras coisas que as pessoas procuram vez ou outra – churros, talvez? –, nada disso; apostas e batata, só. E tédio (mas acho que isso não vendem).

NÃO PODE! Isso não existe. Aposto que é um estabelecimento falso, fachada para alguma operação da máfia. A batata palha está lá apenas para que PAREÇA ser um estabelecimento comercial inocente (e vítima de uma escolha questionável, já que batata palha não está nem no Top 5000 das coisas que você pode vir a precisar de modo tão desesperado que compraria em qualquer lugar). Essa lotérica é tão falsa que os pacotes devem conter batata cenográfica.

[Obs.: este post não é sobre a Renata.]

2007.02.04 • 13h41:
Por determinação da musa* do mês comemorativo, este post agora é sobre a Renata. (Deve tratar de alguma operação secreta interestadual envolvendo batatas, comandada pela máfia da Cidade Grande, onde a Tuja ocupa um cargo administrativo.)

* Ui, "musa"? Que palavra velha. =D

sábado, 3 de fevereiro de 2007

(3) Hot Fuss (The Killers, 2004)

Eis que estava no trabalho, cansado de ouvir as rádios de sempre – isso numa época pré-Pandora. Não conheço milhares de bandas clássicas/obrigatórias*, mas não conseguia lembrar de nenhum nome em especial para procurar. Foi quando pensei: "Vou tentar uma dessas coisas estranhas que a Renata ouve", e digitei Killers** na Rádio UOL (cuja qualidade sonora causa inveja aos piores walkie-talkies, mas vá lá). E não é que é bom mesmo, o negócio? Na verdade, eu já conhecia várias músicas através das rádios genéricas de modern rock. Várias mesmo, umas sete; seis em seqüência logo no começo do álbum. Era ouvir e pensar "Ei, essa eu também conheço, só não sabia que era deles!". De fato, senti-me um tanto enganado na minha busca por coisas novas.

Killers tem um quê de datado, no bom sentido. Eu achava que All These Things that I've Done era do começo dos '80; ficava com vontade de procurar mais material da mesma banda sempre que tocava essa música, mas a maioria das rádios genéricas não dizem o nome do que está tocando (bastardas). Somebody Told Me é clássica, especialmente depois de imortalizada pelo Richard Cheese. Com tantas faixas célebres num álbum só, fui direto baixar... er, adquirir por meios alternativos a versão limitada, com alguns bônus. (Eu tenho essa coisa de gostar muito de faixas-bônus – em alguns casos, gosto mais destas que das titulares.)

Parece que a Renata não ouve coisas tão estranhas, afinal. =]
(Mas Arcade Fire ainda não está descendo redondo.)

* Nem mesmo Frank Zappa; veja só, Nata.
** Digitei com maiúscula mesmo; eu sou muito certinho.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

(2) Descrição da Renata

(Ou: "Guia rápido para iniciantes sobre a Renata".)

A Renata é uma menina que mora na Cidade Grande*. Seu nome completo é Renata Nata Zaca Garatujas Banana Decosignar De'Coul – o sobrenome é francês –, mas ela acha muito comprido e geralmente usa só Renata. Dizem que o apelido dela é Rena, mas é mentira; quando não quer ser reconhecida, a Renata diz que se chama Isabel, que é um nome totalmente inventado.

A Renata faz livros, mas não escreve o texto nem desenha os desenhos nem encapa a capa; mas faz livros. (Ninguém sabe como ela faz.)

A Renata gosta de música e de sobrinhos, e usa meias indie. Ela ouve música, é inteligente, cool e faz coisas mágicas, tudo ao mesmo tempo, porque é uma menina versátil e moderna. Só não é mais moderna porque fez História (mas ela sabe qual é o curso que deixa as pessoas mais modernas).

A Renata é tão legal que tem fãs em outros estados. E imitadoras, mas isso é outro tópico.

A Renata é feita de doce e faz algumas coisas escondida. Quer dizer, são boatos, mas provavelmente é verdade.

A Renata é assim. Fim.

* A Cidade Grande é um lugar para onde todos os aviões vão.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

(1) Edição especial de aniversário da Renata

É assim: a partir de 1º de Fevereiro, As novas aventuras... comemora o Mês da Renata; o ápice da celebração será no aniversário dela (1º de Março). Comprometo-me a escrever no mínimo um post por dia* sobre a Renata** e toda essa coisa dela ser cool. Mas vocês podem comemorar de várias outras formas:

1) Lendo os posts e me acompanhando nessa fascinante jornada (comments would be nice, too)
2) Fazendo um desenho e enviando para megaman4@gmail.com (é importante que o assunto da mensagem seja "banana-de-cozinhar"); os melhores serão selecionados e publicados quando der vontade
3) Sendo a Renata e contribuindo com comentários diários (mínimo um)

O post do dia 1º de Março trará uma surpresa especial secreta***. A comemoração começa hoje. Este é o post de hoje. Ele é sobre a Renata. (Viram? Funciona.)

* Talvez eu roube, alterando a data quando algum post atrasar.
** Ou, ao menos, algo quer tenha a ver com ela; não se sabe tanto sobre a Renata para escrever 28 posts consecutivos com conteúdo denso.
*** Ainda não sei o que vai ser, depende do que conseguir inventar até lá.