quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Cabeças rolaram

Untitled 10, "thelondonpaper hijack".
Não deixem de assistir o vídeo no YouTube.

Mary Jane estava passeando com este link como mensagem pessoal do MSN e resolvi conferir. Quem diria que eu estava a um clique de distância de conhecer, afinal, o sentido da minha vida. The Decapitator é o meu novo herói. Se tem algo que valha a pena fazer, é isso. Nada de shows beneficentes ou ajudar velhinhas a atravessar a rua; o caminho para tornar o mundo melhor é decapitar pessoas.

Se você está com preguiça de ver as fotos e assistir ao vídeo, é o seguinte: o cara anda pelas ruas elegendo propagandas diversas para suas "intervenções". Creio que escolha as de maior visibilidade. Como quem não quer nada, ele escaneia o anúncio/cartaz original, leva para casa e photoshopeia uma bonita decapitação. Depois ele imprime e cola por cima do original, casando o fundo para que, de longe, você não perceba que há algo colado por cima. Infelizmente, em alguns casos, o papel colado acaba deixando transparecer o que está por baixo e o resultado não fica tão bom. Ainda assim, genial. Depois da intervenção, ele vai embora; outras pessoas passam, olham e não entendem nada.

Você também pode fazer em casa, veja como é fácil:

E então? O mundo já não parece melhor agora?

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Vaca na linha

A GVT andou expandindo a cobertura do serviço aqui pela nossa área (NOSSA área, neguinho). A conseqüência mais enervante disso é que ligam toda semana no horário de almoço para oferecer uma linha telefônica. O que é lindo, realmente: usar um serviço do concorrente para oferecer o seu. Não há muitas oportunidades de se fazer isso de forma honesta, tiro o chapéu pelo empenho e cara-de-pau deles. Mas começa a perder a graça depois que ligam 7 ou 8 vezes, toda maldita semana. Todas as vezes resultando em nãos gradualmente mais enfáticos. E convenhamos, É UMA LINHA TELEFÔNICA! É a mesma bosta que nós já temos. E SERVE PARA USAR UM TELEFONE! QUEM NÃO ODEIA TELEFONES?!

Mas tanta caixa alta apareceu por outro motivo: na ligação de hoje, quando a criaturinha confessou que estava ligando para oferecer uma linha da GVT e eu – eufórico, porém polido – informei-a que "não, nunca vou querer, vocês já ligaram milhares de vezes e...", ela desligou na minha cara! A VACA! VAAAAACA! Eu queria ter um nível adicional de caixa alta para escrever isso. Pois não tem nem a decência de me deixar esculhambá-la de modo apropriado? Certamente tive vontade de retornar a ligação só para xingar a vaca, mas não consegui formular um xingamento profundo e dramático o bastante para expressar todos os meus sentimentos pela GVT e suas operadoras de telemarketing vacas.

Felizmente tenho uma semana para pensar em algo, já que certamente vão ligar mais uma vez. Aceito sugestões.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Sweeney Todd (2007)

Eis um filme estranho. Claro, com Tim Burton dirigindo, isso é meio óbvio... mas mesmo assim. Tim Burton é um maluco estranho: não maluco no mau sentido, mas também não no bom. Creio que ele tenha inaugurado um sentido médio para o termo. Não me empolga muito esse tipo de malucos, mas Johnny Depp no papel principal confere a credibilidade mínima para me fazer arriscar e assistir.

Como nunca resisto, fui antes ler algumas resenhas e opiniões gerais sobre o filme. Tudo muito bonito, críticos lambendo tudo e todos... exceto pelo autor de um blog desconhecido apontado pelo Google. Eu acabo me identificando com opiniões de autores de blogs desconhecidos, principalmente se o layout for generoso com o laranja. Não era o caso, mas confirmei alguns fatos lá apontados:

1) Johnny é um ótimo ator, está no auge e tem boa desenvoltura em personagens de diversos sabores. Mas não é um cantor notável. Até li em algum lugar alguém elogiando o desempenho dele. Devaneio, essa pessoa estava drogada. Não é ruim, mas tão limitado e pouco inspirado que os instrumentos freqüentemente se sobressaem e escondem sua voz nos pontos mais dramáticos do texto. E você fica feliz, porque as cordas fazem um trabalho melhor. (Embora a trilha sonora também não seja um dos pontos fortes, o que é estranho para um musical.)

2) A violência é descaradamente trash – e nem sequer trash-cômico, apenas trash-gratuito. Os efeitos especiais são bons, a cargo da Dreamworks, que também pôs o dedo em Gladiador, se não me engano. ("Se não me engano" é um negócio tão cretino de se ler na Internet, não? Deixa-me ver... confere: Gladiador, Dreamworks.) E os caras são bons, mas o Tim forçou as tomadas violentas. Para piorar, você é exposto à mesma piada repetidas vezes. Se tiver sorte, num ângulo diferente.

3) Quem brilhou cantando foi o Borat.

Borat! Lá-lá-lááá...
Certo que o personagem dele era muito mais cômico e lhe servia perfeitamente... e lhe estava designado o sotaque italiano que, convenhamos, enriquece qualquer coisa cantada. [Testem em casa: cantem qualquer música do Sepultura imitando o Mário.] Mesmo com tantos fatores favoráveis, ele poderia ter estragado tudo. Se fosse o Kevin Bacon, por exemplo. Felizmente, ele é o Borat e sabe cantar.

Cuidado ao apertar o play. Não vai entregar nenhum segredo da trama, mas não sobrarão muitos outros motivos para assistir o filme inteiro.

Ainda segundo o autor do blog genérico, os atores periféricos que fizeram o marinheiro e a filha do Todd acabaram ofuscando os principais ao cantar... o que é parcialmente verdade. Eles cantam melhor, mas nada que arranque lágrimas ou mereça espaço na memória.

Enquanto assistia, eu pensei "Bom, quem viu o Travolta cantando e o Walken dançando em um filme e gostou, certamente vai encontrar algo que entretenha neste; talvez o enredo seja bom". Errado, enredo ruim. Vazio, previsível, muito menos ênfase do que se gostaria nos pontos dramáticos... o filme é linear demais. Sweeney Todd é um personagem insonso, que não desperta simpatia ou aversão. Mais ou menos como um zumbi vegetariano. A menina das tortas... sinceramente, porque o Tim gosta dela? Deve ser apenas porque tem um rosto com formato estranho, não lembro de nenhuma atuação dela que seja mais que mediana. Todo o esquema em que a história se baseia é raso, o casalzinho romântico é bobo e pontos importantes da história são simplesmente apresentados em duas linhas. Todd ficou preso por 15 anos, e é isso. O marinheirinho viu a guria na janela e se apaixonou, e é isso. Questão de gosto pessoal, mas prefiro quando os pilares da história são mais desenvolvidos.

Não é como se não houvesse nada de bom. A estética é encantadora, com toda essa sujeira e decadência que caem tão bem na Londres cinematográfica. A fotografia também é legal. Mas ter que ficar prestando atenção a essas coisas porque não há nada mais para te entreter é mau sinal. E, ao contrário do que tentam te convencer, não há nada inerentemente charmoso ou irônico ou poético ou filosófico em navalhas de barbear. No fim das contas, o maior mérito de Sweeney Todd é te deixar com vontade de assistir um musical inteiro com o Borat.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Adicional de fofura

O gato foi mais ou menos encomendado; a planária surgiu pela força da piada interna. (Sort of.) O Andrei achou a planária pornográfica, mas não é minha culpa se é da natureza das planárias serem pornográficas. Por favor, eu sou o artista, é ÓBVIO que quem está errado não sou eu, mas o Universo e suas criaturas pornográficas.


Já estava de saco cheio de escolher as cores, então o "sombreamento" saiu matado e ilógico, como sempre. De fato, prefiro de longe o original, em preto e branco.