terça-feira, 23 de outubro de 2007

Trânsito, carrinho e gráficas: a contraposição das escolhas na... ah, ok, eu estou enrolando, não sabia que título colocar. Felizes?

Nesta segunda, começou a trabalhar na recepção a guria mais bonita que já vi na vida. Incluindo TV, revistas, filmes, devaneios. Sério. Até porque todas essas atrizes e modelos ficam maravilhosas por conta de maquiadores profissionais, e pós-produção, e discordianos. Quero ver andarem na rua com maquiagem trivial e continuarem sendo as mais bonitas do mundo. Sério, não estou exagerando, é sério! Todos os homens lá no trabalho estão inquietos. Não dá para descrevê-la, só mostrando foto. Posso tentar conseguir uma.

"Oi, já voltou do almoço? O que você... ei! Que 'click' foi esse? Veio daqui... olha só, alguém esqueceu em cima da mesa essa câmera com o timer acionado. Pode deixar que eu levo e descubro de quem é."

Na sexta, o chefe tinha vindo com um papo de não ficar abutreando a nova secretária só porque era bonita. "Que absurdo", pensei, "como se fôssemos crianças!" Logo que cheguei para a labuta hoje, um colega já avisou que as emoções seriam intensas. Quanta bobagem. Pois, quando fui ver a guria, até me baixou a pressão. Bambearam as pernas. Rapaz. Sério.

"Mas que babaca, vai ficar agora falando só porque a guria é bonita!" Olha, não é que eu esteja apaixonado ou algo assim. Deve ser algum mecanismo interno masculino, o mesmo que rege a gentileza na faixa de pedestres. Se vocês nunca repararam, funciona assim:

Homem dirigindo; você, homem, tentando atravessar a rua na faixa: corra como se sua vida dependesse disso, porque depende. O motorista não vai dar arrego. Se quem está tentando atravessar é uma mulher feia, a dificuldade é menor: o motorista pára, mas faz carranca para apressar a travessia. A próxima categoria de preferência são velhinhas e pessoas com problemas motores: o motorista pára e ao menos finge paciência, sob pena de ser considerado um bárbaro pelos demais. Mulher com criança vem em seguida, e ainda mais regalias têm as mulheres com carrinho de bebê. (Se você é mulher e quer caminhar tranqüila em meio ao transito da cidade, leve um carrinho, mesmo que com um bebê falso dentro*.) Agora, se você é uma mulher bonita, está no ápice da escala de respeito ao pedestre. Pode andar de olhos fechados que não há perigo. O trânsito pára, literalmente. (Considerando motoristas do sexo masculino.) Talvez mulheres grávidas recebam respeito semelhante, mas sem a mesma reverência.

Agora, fatos: mulher bonita vai te dar bola porque você parou para ela atravessar na faixa? Não. Aliás, ela vai sequer olhar para você? Não. Acenar? Fora de questão. Buzinar conta pontos? Improvável. Resumo: você não vai pegar mulher no trânsito, deixe de ser babaca. Mas, por mais lógico que seja isso, mulheres bonitas deixam os homens bobos, é infalível.

Enfim... a guria, brincando, poderia ser modelo, mas ela quer arriscar tudo pelo sonho de ser recepcionista numa gráfica pequena; respeito e admiro isso. Estava já decidido a largar o emprego, mas vou ficar um pouco mais só para poder vê-la. Digo, para poder ver o exemplo de alguém seguindo seus sonhos. (Isso, essa é a desculpa oficial.)

* Tomando como base trânsito e bebês falsos típicos de Floripa. Não me responsabilizo por danos provenientes da aplicação destas observações em outras localidades.

4 comentários:

Anônimo disse...

Abutreando é uma das melhores coisas que ouvi neste ano! Sen-sa-ci-o-nal!

Um amigo me deu uma dica ao pegar ônibus: fique do lado da mulher mais gostosa que estiver no ponto. Fiquei puta com a orientação, mas testei e BATATA, o ônibus pára com a porta na frente da moçoila. Coisa milimetricamente calculada. Pressionante.

Agora, fiataputa é motorista fêmea ao volante. Elas sempre acham que todo mundo têm de dar passagem para elas: os homens, porque são homens, óbvio, e as mulheres, porque são gordas e feias.

Às vezes, dá uma vergonha ser mulher, vou te falar...

Michel disse...

Ao contrário da crença popular, não é tão ruim ser uma mulher de boa aparência.

No caso das motoristas, acredito que haja variações de uma região à outra. Nenhuma das mulheres que quase me atropelaram o fez por presunção ou má-fé; sempre por legítima inabilidade com objetos em movimento.

(Coisa que dá orgulho é ser homem, o nosso gênero é irrepreensível. Exemplo: João Gordo.)

Anônimo disse...

Ah, e Dercy Gonçalves? Pau a pau, hein? Se bem que o Casagrande vale por todos os homens horríveis que eu já vi na vida...

Michel disse...

Vamos considerar como empate técnico.