Nem sei como descrever esse vídeo. É tanta bizarrice junta que passa do limite aceitável – passa tanto que começa até a fazer sentido. A parte introdutória da música propicia todo um clima de reflexão e seriedade, mas quando o boneco começou a flutuar, eu já estava rindo muito.
[Pois é, algumas partes são bem escuras. Ajudaria se o fundo da página não fosse tão claro, mas no layout do YouTube também fica assim. Paciência.]
Não tenho a mais vaga idéia do que os caras tentaram passar com a animação, ou se tentaram passar alguma coisa, mas a certa altura ela fica serena como a música sugere. (Sugerira, porque agora a bateria já está sendo moída.)
É grande, demora a carregar e a ver, mas você terá no mínimo o consolo de que é bem feitinho, tecnicamente falando. No mínimo. Dá para viajar bastante no simbolismo, mas é possível que aproveite melhor a experiência se não tentar entender com muita força. Não tenha medo, quando começa a ficar perigosamente psicodélico, acaba.
["Sugerira"? Eu hein.]
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Se ainda tiver fôlego, clique neste aqui. O primeiro do Tool que assisti, ainda na época em que as pessoas usavam TVs para ver essas coisas. Foi a lembrança espontânea dele que me fez procurar mais material da banda, poucos meses atrás. Comparado com o de Parabola, o vídeo de Sober é quase didático. (Quase.)
6 comentários:
Putz...
Viagem!!!!
Puxa, tem uma porção de símbolos interessantes dispersos, lembra muito o clima de um sonho. Gosto da labareda-vulva, que se divide em duas e vai subindo pelo corpo, despertando os chakras até se fundir com o terceiro olho, justamente o símbolo da intuição e do auto-conhecimento. Quando elas percorrem o corpo, se transformam em serpentes de fogo – há uma crença espiritual que não conheço direito que fala da kundalini, a serpente viva que temos ao longo da coluna cervical. Ah, e tem os olhos nas palmas das mãos, me lembrou o monstro assustador do Labirinto do Fauno.
Mas, gente, e aquela amora flutuante? E a dissecação do homenzinho-rã? Afff...
O grande mérito do clipe é possibilitar inúmeras interpretações. Após assistir várias vezes o trecho final, por exemplo, estou convencido de que o autor dormiu em cima do braço e quis fazer uma animação sobre formigamento.
["labareda-vulva"?]
Afff, "animação sobre formigamento" é muito pior que "labareda-vulva"!
A minha versão, ao menos, é adequada a toda a família; vocês mulheres não conseguem pensar em nada que não envolva sexo.
O video e a música contam uma breve historinha, do mundo cego em que a maioria de nós parece habitar...
a introdução, e a parte mais "cinza" do video, sao retrato do dia a dia do capitalismo ou ilusão do mundo material, da busca pela alegria fora do ser...
a "amora gigante" no começo eh apenas uma bola, que eh uma associação ao atomo, que ao ser tocada começa a se multiplicar como celulas vivas, celulas que ao meu ver sao a semente da consciencia do personagem, que acabam por ventura matando o homenzinho...
quando o personagem disseca o homenzinho, na verdade o homenzinho sugere o "ego-mente" do personagem,
e ao disseca-lo, sugere a natureza curiosa/cetica e cientifica da mente humana...
apos ele segurar uma folha morta, todo o processo acima descrito culmina no surgimento do olho em chamas, e naum "vulva", que "nadam" como dois peixes por dentro do universo interior do personagem, ativando a consciencia do "observador" dentro dele.
Pontos energeticos, chakras, e todo o resto são entaum revelados a ele, assim como a lotus e a cruz de amor que nasce em seu peito.
os 2 olhos representam a dualidade de tudo, bem/mal, claro/escuro, vermelho/azul...
quando se fundem, dão inicio a um processo de iluminação do ser, e o video acaba por revelar a visao do autor (Alex Grey) de como todos nós somos realmente um.
Ah! e quem achou que foce sobre formigamento, da uma olhada em www.alexgrey.com
beijos e abraços a todos.
Diego R. Belli
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