Estava escovando os dentes hoje – de novo! que falta de imaginação... eu bem que poderia fazer outras coisas em banheiros públicos, como jogar paciência ou imitar celebridades. Enfim.
Passou atrás de mim (respeitando a distância mínima requerida pelo código dos cavalheiros, naturalmente) o rapaz dos Correios do Angeloni. Um que tem luzes no cabelo e tal, acho até que tem voz fina e é meio viado. Sem preconceito, claro; qualquer um tem o direito de fazer luzes. Passou de um jeito meio apreensivo, jeito de quem não pára nem se encontra o melhor amigo no caminho; foi direto para os aparelhos* no fim da parede. Tão logo chegou ao destino, voltou do jeito que foi, percorrendo todo o caminho – que mede 4 aparelhos e oito pias – visivelmente alterado. Catou uma, duas, três folhas de papel do meu lado (o outro toalheiro deveria estar vazio), quatro, cinco, seis (eu sempre uso a primeira pia, próxima à porta, por motivos lógicos), sete, oito, nove... à certa altura, perdi a conta. Mas ele catou muita toalha. E voltou, agora quase correndo, para refugiar-se no último aparelho. Eu NÃO QUERO saber o que ele foi fazer com as toalhas, fiz questão de não saber, de não olhar, de não ouvir. Aliás, eu praticamente saí correndo na direção oposta. Tive o pressentimento que este era um dos casos em que vou dormir mais facilmente se não souber os detalhes.
* Aqueles arbustos simbólicos de porcelana que o homem criou em algum ponto entre a Idade da Pedra e o pós-modernismo para servir de alvo quando vai despejar água da bexiga.
3 comentários:
dude, quando vc estará estando em sp? pelo amor dos deuses, me avisa! eu tenho presente pra te dar! (caaaalma, é só um cedê do zappa)
"...para servir de alvo quando vai despejar água da bexiga."
Você quer dizer muros?
Renata, por quê? Tudo estava indo tão bem, por que estragar comprando um presente? =/
Você sabe que eu não sou normal.
Desnecessário dizer que a viagem prometida não rolou. Plano B: aproveitar algum feriado-surpresa ou as férias de Julho. (Veja só, eu tenho férias.)
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