domingo, 11 de novembro de 2007

Sobre os direitos humanos da grama

"Favor não pisar na grama obrigado", dizia a plaquinha. Quis colocar outra, respondendo: "Não tema, ninguém me obriga. Piso livremente."

Sou muito chato com pontuações. Não acho que todo mundo deva saber e seguir todas as regrinhas, nem gosto da idéia de impô-las* como cabrestos. O problema, para mim, é justamente o contrário: as pessoas acabam com medo de usar errado e pontuam de menos. Talvez por medo de quebrar essas coisas que só a elite sabe usar. Eu pontuo à revelia, esbanjo; mas reciclo. Nenhum sinal gráfico vai ao lixo; atulho todos, na menor das escritas. E ai de quem disser que estou me passando! Antes pecar pelo excesso. (Confesso, porém, que estico as frases o quanto puder antes de ceder ao ponto final. Mas estou trabalhando nisso.)

Consultei a Wikipédia para saber o que tem a dizer sobre o assunto. Horror. Quanta desinformação. Parênteses limitados à informação acessória? Pois claramente são usados também para avisar ao interlocutor que você tem algo mais a dizer – mas segura aquela outra idéia, que já volta. Ou para pensar alto. Ou ocultar informação (com eficácia duvidosa). Colchetes são "utilizados na linguagem científica"? SÓ ISSO?! É óbvio que a grande graça dos colchetes é abrigar conversas paralelas com a mesma pessoa, quando os parênteses já estiverem ocupados. Ou para comentários realmente abstratos/off-topic, mas não tão transcendentais quanto os reservados às chaves. [Fico muito sentido com a Wikipédia por não incluir as chaves na relação básica.]

E que desgraça de "meia-risca" é essa?

Enfim: quando criança, sempre achei que colocavam as placas de "não pise" por respeito à grama e às plantinhas, para coibir maltratos. Para que as pessoas não interferissem na natureza (deixando-a sossegada para crescer no seu cercadinho?). Às vezes, sinto falta de ser ingênuo.

* Ênclise, sim, me causa arrepios.

21 comentários:

Anônimo disse...

Eu acho que esse post só é válido se o X tiver algo de bom a dizer...

Diz aí, X!

Unknown disse...

X'spa daqui!

X disse...

eu naum respeitu nam a gramatika, vo respeitá pontuassaum ou plaquinha de proibidu issu, proibidu aquilu, poha meu, vai te catah

Brincadeiras à parte, gostaria de fazer uma ohmenage à crase.
Adoro seu uso em "sujeito à guicho".

!beijus queridos!

Anônimo disse...

huuhUHAuhHUaHU... X sempre com algo ruim pra dizer =)

Anônimo disse...

Ué! Qual o problema com essa frase? O sujeito não pode querer andar por aí de guincho? Ele só pode andar a pé, e na grama? Cadê os direitos humanos? Fnord!

Anônimo disse...

O problema do guincho é tinga tá...

Michel disse...

Hahahaha! Cara... vocês TÊM que parar com a piada do Tinga tá, corresponde a 30% do repertório.

Mas reconheço que o guincho deixou o gancho.

Anônimo disse...

Não nos reprima! Não nos reprima! Não nos reprima!

Pu-lá......respi-ra....... sem pa-rar!!!

Lay-out... man! UOOoOOOuu OoooUuu OouUuuU

Não nos reprima! Não nos reprima! Não nos reprima!

Anônimo disse...

Como perdi a piada, to escrevendo só pra lotar o blog do Michel, e dizendo: pra cima e pora baixo, pra esquerda e pra direita.

Anônimo disse...

Piada? Que piada?

A DO TINGA?!?!! =D huhUHahuhauHUahua

(Calma Michel... conte até 10...respire... não se reprima)

Michel disse...

Dois pra cima, dois pra baixo, esquerda, direita, esquerda, direita, B, A, Start.

(Pronto, invencibilidade; nada me engata.)

Anônimo disse...

Nada te engata? Então você confirma que, contigo, na bunda nada?

Anônimo disse...

Bom dia colegas.

Sinto falta do X na nossa reunião.

Aproveitando: tinga?

Michel disse...

Sagaz: nadar, nada, mas Nabunda sua.

X disse...

Tava aqui escrevendo e lembrei dum trecho desse post: "(Confesso, porém, que estico as frases o quanto puder antes de ceder ao ponto final. Mas estou trabalhando nisso.)"

Falando em Tinga tava, Nabunda, tudo mais... Alguém aí viu a Mangueira entrar? O Mário disse que tem que cair pra aprender, tipo quando camarada queima arroz, saca?

Alguém aí tem Fiat?

X disse...

Usei 2 vezes o "alguém aí...".

Shame.

Anônimo disse...

Convenhamos que o Fortkamponês é de fato o mestre...porque soltou despretensiosamente o "Queimou o Arroz, cara?" enquanto nós, curi nófus, ficamos forçando trocadilhos forçantes...

Anônimo disse...

Pessoal nem avisa quando vai desconectar o MSN do blog do michel :/

Falta de educação, viu?

Anônimo disse...

Travessões – embora renegados, são meus preferidos. Dois parênteses não têm o charme de um único travessão. Chaves, bem, prefiro que se restrinjam à matemática, mas uso sempre que faço uma interferência em uma citação de alguém.

Só odeio ter de fazer travessões em PC: não inventaram nada melhor que Alt + 0 + 1 + 5 + 0? Afe.

Michel disse...

Eu gosto do travessão, mas acho que as pessoas usam pouco porque o nome dá medo. Sabe, como Sebastião. Deve ser por causa do "ão"; você pensa: "nossa, deve ser muito maior que um(a) travessa/Sebástio normal".

Anônimo disse...

Sebástio? Michel, você é caso perdido.